O dia a tarde e a noite
intensa, trabalho trabalho e trabalho. Cansaço bate forte no corpo
que dói todo, os olhos pesam para as costas que berram pras pernas
que reclamam pro pé que diz chega.
É uma exaustão que
domina todos os sentidos até que, no meio de tudo você aparece e
tira o desassossego para botar outro. Com todo aquele sono
que toma conta, ainda há tempo para, ao fim dos dias, os olhos
notarem o hotel – nosso hotel – ao passar. O grande mar azul
ficou sem graça perto daquela lembrança que é possível ter ao
olhar pro lado do que até então era mais um prédio grande cinza
que tampa a vista, e de repente, de um dia para o outro virou o hotel
– nosso hotel. Uma das poucas coisas que se pode dizer que é
nossa. Que o futuro não permita que haja nós, que essa lembrança
seja permitida ser nossa. Os olhos notam e o sorriso abre como um
gesto involuntário.
Foi tanta correria esses dias que nem me dei conta que já fazia alguns dias que não pensava em você. Daí a lembrança veio sem bater na porta e pedir licença e desmoronou os muros, entrou sem pudor algum. Assaltou sorrisos. Volto mais feliz pra casa. É
hora de dormir. Momento em que te encontrar é permitido (nos sonhos)
ainda que indesejável. Fazer loucuras do tipo prometer o sol se hoje o sol sair e chuva se a chuva cair - bem no estilo Geraldo Azevedo mesmo. Porque é sonho e nesses sonhos tem carinho e coisas doces e cantigas de "se você vier pro que der e vier comigo...".
Ainda que sem querer,
eu sonho. E acordo sorrindo, até começar...
...O dia a tarde e a
noite intensa, trabalho trabalho e trabalho. Cansaço bate forte no
corpo que dói todo, os olhos pesam para as costas que berram pras
pernas que reclamam pro pé que diz chega.
É outro dia.
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