domingo, 19 de abril de 2009

e agora eu quero chorar...

"um dia levantou, olhou e me falou:
- eu não te quero mais.
você me fez sofrer, você me machucou, sem ter razão nem dó.
e assim, prefiro eu só."


as coisas vão bem, mas essas musiquinhas ainda fazem sentido.
sozinha, depois de muito tempo. solteira acho que sou desde junho passado, hehe. é exagero, mas fico pensando se serei assim, se terei que me dedicar exclusivamente aos meus trabalhos e a política.
já ouvi de tantas pessoas:
- ai, eu queria ser professora, doutora... mas queria tanto casar!
acho que não faz muito sentido contrapor esse negócio de amor e trabalho. pelo menos pra mim, não. quando estou apaixonada, sinto que o negócio vai bem melhor. estudo mais, produzo mais.
e o que fazer agora?
não sei. escrevo tolices no blog, jogo paciência spider e leio de pouquin em pouquin. de vez em quando surge uma idéia, e eu escrevo.
espero algo acontecer, alguém interessante surgir - ou re-surgir, quem sabe.

post reeeditado várias vezes.

domingo, 12 de abril de 2009

todo carnaval tem seu fim.

você esta por toda a parte e isso censura a minha vida.
músicas, selecionadas a dedos. algumas disparam botão de choro.
pensamentos são inevitáveis, o que dá pra fazer é um esforço para irem embora. coloco no lugar algo minimamente agradável, ou faço lavagem cerebral com overdose de paciencia spider.

e quando você foge, cai um confete do carnaval que fez pra mim. esses confetes estão em todos os lugares, pra lembrar dos dias de festas.
tem hora que me agrada, arranca um sorriso. mas muitas vezes tem soado como uma piada de mau gosto do destino. xô, urucubaca.

sábado, 11 de abril de 2009

Descansa Coração

Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder
Hoje eu quero somente esquecer
Quero o corpo sem qualquer querer
Tenhos os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão
Não sei pra onde vou
Não sei
Se vou ou vou ficar
Pensei, não quero mais pensar
Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda a nascer
Descansa coração e bate em paz

de olavo e do amor, só ficou uma mancha no pé.

havia um bolo. ninguém sabia exatamente dizer como ele parou lá. trouxe umas coisinhas, você outras, fomos preparando. você saiu pra comprar suco.
- não podemos viver só de bolo, é muito doce pra nos contentarmos só com isso.
eu fiquei lá, esperando. enquanto esperava, pensava em como uma cobertura ficaria boa naquele bolo. preparei então a cobertura mais gostosa que poderia existir. pesquisei no google - você faz do google meu "melhor amigo". só assim para acompanhar tantas informações e referências. - uma cobertura gostosa para o nosso bolo.
achei. preparei, pensando no momento em que aproveitaríamos aquele bolo. assistiríamos a um filme juntos? talvez. há tantas coisas para fazer enquanto se come um bolo, eu pensava. vários acompanhamentos para se comer um bolo, ao mesmo tempo que um bolo pode ser acompanhamento para várias coisas. ia ser bom. além disso, o bolo era grande e dava pra váarios dias. poderíamos aproveitar de várias formas, dividir com várias pessoas.
você voltou. trouxe sucos, café, salgados. a idéia do bolo não te agradava mais tanto, pensou ser sem graça. contei empolgada, da cobertura, de como havia desenvolvido o "projeto bolo", das tantas coisas que poderíamos fazer comendo bolo e quantas pessoas teríamos pra dividir. estava empolgada, animada. você, nem tanto.
- estou numa fase de salgados. acho que em nenhum momento realmente quis isso. se quis, passou.
pegou um pão e saiu.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

- você ta bém?

perguntinha maldita. afinal de contas, o que é "estar bem"? por que tanto interesse em saber se o outro "estar bem", se isso varia tanto de uma pessoa pra outra?
por que perguntar se tá bem, se já sabe que não está, ou que um "sim" ou um "não" não irá satisfazer os desejos de dizer tudo que se passa? não vai, não vai.
porque eu resolvi. as coisas não tão bem. e a cada pessoa que me pergunta:
- tá tudo bem?
é uma tortura. falo que não? ela perguntará ou porquê, ou pior, não se importará.
falo que sim. minto. não tá tudo bem, caralho. e mesmo que eu estivesse feliz, no sentido mais burguês possível, não estaria tudo bem. existe uma série de coisas no mundo que escancaram que as coisas não vão bem.
voto pela abolição dessa pergunta escrota e inútil, que não serve pra nada, a não ser salientar a indiferença alheia.

e logo você, meu bem, logo você, me pergunta isso duas vezes. o que você quer que eu diga? que sim? que estou bem? que a vida está maravilhosa desde que não estamos mais juntos?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

changes, turn and face the strange

mais uma vez. de volta à conhecida por tantos como "cidade grande". pra mim, ela é cada vez mais pequena: voltar para a avenida paulista é como estar naquelas cenas de filme em que um velho vai reencontrar sua antiga casa de campo onde passou a infância.
é tudo cada vez menor, cada vez mais distante. chego em casa: beijo no pai, beijo no cão. abraços, vizinha toca:
"- olha só quem tá de volta! fica até quando?"

entro no quarto, roupas recém-passadas em cima da cama. alguma utilidade pra esse cômodo que há tanto tempo fica vazio. o pai anuncia um bolinho reservado na geladeira pra mim. deito na cama pra ver um pouco de tv a cabo, comendo bolo no lençol chique e limpo. mimos de casa.
mãe liga:
"- já chegou??? ah, não vejo a hora de te ver!!! ah, vamos passar a páscoa na casa de fulana?"

amigos querendo se reencontrar. pra completar o cenário "de volta a infância", amiga resolve comemorar aniversario num buffet infantil. pra fazer graça. tanto tempo sem ver, tanta coisa mudou. existe ainda algum sentido pra essas amizades? tento descobrir a cada reencontro. deve ter.

a sensação de que tudo continua igual, mesmo que tudo tenha mudado. faz bem, durante o caos, ver esse apartamento como sempre vi. é como encontrar uma "essência" minha aqui. uma bel que gosta de bolo. que assiste tv a cabo. que deita numa cama decente e limpa. que não fuma. que sonha em ser psicóloga. bel família. até domingo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

madrugada

o cinzeiro tá cheio e eu não esvazio. resta umas bitucas de l&m, teu cigarro. o romance acaba, ou suspende, e eu me apego a essas coisas toscas.
penso nas coisas minhas com voce, nas coisas suas comigo. os objetos, os filmes, cds, mochila.
penso nas coisas pra fazer. nada consigo, fico jogando paciencia spider, pegando mais textos para uma iniciação cientifica quase utópica.
todos os "r" estão online no gmail, menos voce.

penso na semana de saúde mental. penso como fui parar nesse negócio. mais um projeto pra adiar os compromissos "reais" da vida.
penso nos outros romances, aqueles que não acabaram com a sua chegada, mas ficaram em suspenso. você suspendeu tudo. e então se suspendeu. e eu fico aqui.
de volta ao blog.
pelo menos por enquanto.

o fora mais comunista da história

"não é que não gosto de você. você é camarada. mas não posso dar amor agora. se fosse convite para fabricarmos uma bomba atomica, estaria animadissimo."

a vida é feita de momentos singulares. a vida é desfeita entre a multiplicidade dos momentos. é uma coisa que me faz morrer, me faz chorar, me desmonta. e logo estou eu, tomando outra forma novamente.

a vida é assim. de fracassos e sucessos. e pior é quando tá tudo misturado. daí dói e desdói, o tempo todo, sem saber daonde vem o quê.


confuso pra caralho.
 
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