segunda-feira, 25 de julho de 2011

simplicidade

a complexidade de se conseguir algo simples. eu queria: nós dois, na cama, enrolando para começar o dia. pijama, jornal, café - cuidado para não derramar! - o telefone tocando e a gente deixando ele de lado - risos cúmplices de um crime (fugir da rotina!).

você acende um cigarro - e eu roubo da sua mão - se eu não acendi, não conta e então posso continuar dizendo por aí que parei. você aceita. gosta quando eu fumo. uma vez disse que lembrava filme francês, principalmente com meu vestido xadrez, sentada na escada daquela casa velha. eu gosto que você goste que eu fume, e que aceite que eu não sou fumante - não mais, eu parei.

o sol querendo entrar, e a cortina tenta resistir fortemente. embora ela se esforce, confesso que gosto dos raios que escapam acentuando alguns móveis... observo atentamente, e paro quando vejo que a luz também ressalta a poeira. hoje não é dia de faxina.

eu quero uma dose de simplicidade a dois. quero alguém para dividir essa simplicidade. alguém que caiba numa fotografia que poderia ser guardada para vida inteira.

tempos depois olharia e um sorriso saltaria na minha boca: "tempo bão...".

quero você. tempo pra ser gasto. café. suco de laranja. sem gelo e sem açúcar.

Um comentário:

João disse...

Me identifiquei.

Exceto pela parte do cigarro, hehe.

 
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