sábado, 11 de julho de 2009

Hoje eu tenho cem anos...

Ontem envelheci tanto, mas tanto, que nem consegui chorar por isso.
Crise de identidade e de formas de levar a vida. Parece a mesma coisa, mas não é, vou explicar:
Não basta ficar pensando no que faço, fico pensando com que olhos estou analisando o que faço. Como vou acreditar no que julguei ser "certo" ou "errado" se já nem sei se a forma que estou olhando é "certa" ou "errada"?
Penso em algo. Então paro e penso: mas peraí, quem que tá julgando isso?
E então a coisa inverte, e até faz sentido o que faço.

Rupturas. Envelhecimento. Sinto que parte de mim morreu. Mas nada impede de algo nascer de novo, eu só fico esperando a vontade de algo nascer.

- há. você não me conhece mesmo.
- é. é um problema. eu não conheço. conviver com você é como ter um brinquedo de vidro. não tem graça brincar se você tem medo que ele quebre.
(pausa)
- acho que você me conhece um pouquinho, então.

Estou quebrando, mas com aquele sentimentozinho de que, logo logo, algo novo vai ser construído de mim. Sensação de que algo vem por aí...

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