A maior riqueza do homem É a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou, eu não aceito. Não agüento ser apenas um Sujeito que abre Portas, que puxa válvulas, Que olha o relógio, que Compra pão às 6 horas da tarde, Que vai lá fora, Que aponta lápis, Que vê a uva, etc, etc, Perdoai Mas eu preciso ser outros Eu penso renovar o homem usando borboletas
Manoel de Barros ("Retrato do artista quando coisa")
Um comentário:
bel, achei um poema para o blog...
Teorema da incompletude
A maior riqueza do homem
É a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou, eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
Sujeito que abre
Portas, que puxa válvulas,
Que olha o relógio, que
Compra pão às 6 horas da tarde,
Que vai lá fora,
Que aponta lápis,
Que vê a uva, etc, etc,
Perdoai
Mas eu preciso ser outros
Eu penso renovar o homem usando borboletas
Manoel de Barros ("Retrato do artista quando coisa")
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