"Baby, eu lamento
Mas não tenho tempo
Pra sentir as tuas dores
As minhas eu já não agüento"
Desastre Mental, Cazuza
começo e paro: telefonemas para empresas de ônibus, uma transcrição atrasada, ler dois ou três livros, ouvir músicas, digitar ata, preparar evento do fim de semana.
tudo parece inútil, e se tem utilidade, não o faço bem feito: a inútil sou eu.
quero escrever o livro. hoje fui a duas livrarias, ontem em uma. sinto que tenho muito pra ler ainda. começo a fazer uma lista - "quando tiver dinheiro, saio comprando" - inútil, penso logo depois. vai saber quando terei dinheiro. quando tiver dinheiro, ainda me interessarei por poesia, filosofia, política? ainda terei curiosidade de aprender? quem serei eu, eu com dinheiro?
hoje tudo parece inútil. o futuro, o presente, a política, a música, os filmes. é tudo inútil. anda-se cinco passos na política e voltam vinte pra trás. é como se eu tivesse tentando andar com um carrinho, puxado por cordinha, e uma enchente indo contra mim - e o pobre carrinho. pode fazer, pode puxar o carrinho. mas verá que ele não vai andar, e se andar, será pro outro lado. é inútil. o que pensa é inútil.
a s p e s s o a s n ã o s e i n t e r e s s a m .
o segredo que eu não quero ouvir. a verdade que eu não quero entender.
continuo puxando meu carrinho. talvez um dia, a quantidade suficiente de pessoas venha empurrar comigo. algum voluntário?
terça-feira, 7 de julho de 2009
meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim.
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