- O que deu nos exames, doutor? É câncer, pneumonia, alguma doença ainda não descoberta?
- Não, minha senhora. O problema é que você está com uma perda do imaginário crônica. Você perdeu a capacidade de sonhar, de fantasiar não só o seu futuro, mas seu passado também.
- E como faço pra melhorar, doutor? Pode me receitar um remedinho?
- Para isso, sinto muito, não há cura ao certo. Apesar de alguns superarem os momentos de crise, a melhor cura pra isso talvez ainda seja a morte. Basicamente, você está apenas sobrevivendo, e vai sempre achar algum motivo para não estar se sentindo bem, mas é apenas você querendo achar alguma desculpa para não aceitar que sua vida já chegou ao fim.
Eu quero ir contra toda essa coisa de viver o maior tempo possível. Quero viver até o momento que eu ainda estiver com o meu imaginário saudável, ainda puder pensar, planejar, sonhar... e se eu não morrer, me mato. O que eu não quero é sofrer de perda do imaginário crônica...
"Then she looks up at the building
And says she's thinking of jumping.
She says she's tired of life;
She must be tired of something."
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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