Você me faz fazer frases curtas.
Rápidas.
Como um twitter.
Talvez seja coisa dos tempos modernos.
Talvez porque esteja (estamos) sempre com pressa, sempre de passagem.
Somos vinheta.
- O que tem hoje?
- Não vou.
- Eu tô por aqui.
- Eu vou acolá.
- Não te vi.
Perguntas que não levam a lugar algum, ou ao menos algum lugar que nos seja de interesse. É que interessa teu caminho em minha direção, meu caminho em tua. Mas estamos sempre com pressa para outros rumos, outros sambas, outros bares, outros corpos e histórias. E os passos teus pros meus, esses são lentos, caminham meio bêbados, alegres, como se não houvesse hora pra chegar. Vivemos esse romance desigual e combinado: ritmo do século passado com toques de era moderna. O tempo é curto e as frases são curtas pra manter a concentração, como hoje se exige. Logo você se distrai com teu almoço, e eu com uma reunião.
Você me faz fazer frases curtas e assim eu aprendi até a fazer poesia.
Brincadeiras.
Pra te chamar a atenção.
Ainda que seja em vão.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
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