domingo, 6 de março de 2011

junto e misturado

"'Cause love doesn't hurt so I know I'm not falling in love I'm just falling to pieces..."
acabou. acabou o amor, a falta de paz, a insegurança, as incertezas. agora é acaboueponto.
e tudo de repente ficou tão sem graça. você e suas duvidas, você e suas questões, você e suas crises. no meio de "você e." havia eu. e eu mal me desenterrei, mal saí dessas suas duvidas e questões e crises e lá vinha você afogar outra. outras. outros.
e eu ainda pensando na coisa horrivel que é sentir um corpo que não é teu.

as mãos que envolvem a minha cintura, e o corpo rejeitando o "corpo estranho" que aproxima.
" - não são as deles".
o rosto roçando no rosto, na pele, não é a mesma coisa. falta pelo, barba.
agonia pensar que jamais sentirei aquele seu corpo que tanto cai tão bem em mim.
e agora acabou.
acaboueponto.
você continua sendo maravilhoso, seu sorriso continua lindo e o nosso passado talvez a história mais linda que já vivi. mas não adianta ser maravilhoso, ter sorriso lindo e um passado de história mais linda.
precisa ser real e sincero. precisa ser possivel, acima de tudo. coisa que você não é. coisa que nós não somos.
e então hoje eu tô brotando de novo pro mundo, querido.


"this just doesn´t seem to be my day"
o vento anuncia uma chuva por vir. olho para cima: no céu, quase nenhuma nuvem. dessa vez o vento se antecipara um pouco- pensei - mas é vento de chuva, certamente.
e então, fazer o que? assistir a um filme, terminar algum dos milhões de livros por ler? limpar a casa, rever papéis que estão para ser vistos há um tempo.


caminho até o ponto de ônibus. chovia aquela garoa fina e incômoda - mais uma justificativa para os olhos quase fechados, além do sono. era muito cedo.


não. aquele dia eu não iria assistir a um filme, nem terminar algum dos milhões de livros por ler... sequer limpar a casa ou rever papéis a serem vistos há um tempo.
naquele dia eu iria tra-ba-lhar.


"it´s the end of the world, as we know it..."
só pra registrar: sou contra esse botão automático em dizer "separar questões pessoais de questões políticas". é evidente que pra algumas coisas é importante. mas sou absolutamente contra usar essa expressão para justificar a outra ideia de que "na política vale tudo".

acho muito bizarro construirmos juntos uma outra possibilidade de mundo ao mesmo tempo que apunhalamos uns aos outros pelas costas. que tipo de transformação é essa? somos o não somos "companheiros"? ou só seremos depois que os trabalhadores se unirem? enquanto isso, tudo bem? blá.


essas atitudes só me mostram como estamos longe do socialismo.


"se vem do coração, não tem jeito não, deixa acontecer..."
então vem e me leva para sua casa e vamos jantar e vamos ser um casal de faz tempo. você sabe que eu gosto de bowie e smiths, e eu já sei que você não gosta de beringela. ambos dormimos de samba canção.
vamos pular a parte conhecer-familia, todas as primeiras vezes de tudo e vamos pras segundas, terceiras. eu procuro seus dados no google, você procura os meus.


ou deixa acontecer. e-vamos-ver-no-que-dá.

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