domingo, 6 de março de 2011

que seja doce, que seja doce.

respirar fundo: que venha outra história, outra(s) vida(s).
então é isso que chamam de virar a página? sensação de coisa nova. frio no estômago. tudo novo de novo. basta uma conversa, a ultima lagrima cair e é isso - agora sim, acabou!


então, a partir de agora é: (re)começo.
a partir de agora deixo de falar do fim, para falar de começo!


o ano começou de um jeito diferente dos outros
ventos que carregam as folhas no ar, fazendo com que elas dancem com seu ritmo próprio.
as nuvens entram em cena, e o céu muda de tom, antecipando o escuro da noite. tudo isso anunciando uma tempestade por vir.
passos largos para chegar a um espaço (supostamente) protegido.
os camelôs saem de suas casas animados para vender seus guarda-chuvas a cinco reais.
no meio dessa cena, uma moça decide que enfrentará a chuva, e mais: com um sorriso no rosto. sua vida anda tão parada que imagina a chuva ser um sinal divino, um chamado para que se jogue, se molhe, se entregue - pelo menos um pouco.
e que venha espirros e resfriados e o que vier em seguida.

chove demais.
faz calor demais.
o ano de 2011 traz uma intensidade peculiar. um ano que vem para incomodar aqueles que acham que é possível conciliar tudo, que é o fim da era dos extremos.

as lutas no Egito, na Tunisia, Libia (e tantos outros lugares possiveis...).
as eleições na Irlanda, com cinco parlamentares socialistas eleitos, as eleições para diretor de Campus da UNIFESP-BS (nasce uma oposição, proposição, uma alternativa!).
de alguma forma a insatisfação com os governos, reitorias, ditadores, vereadores, prefeitos, burocratas e toda essa laia está mais gritante. e cresce, obviamente, a insatisfação com os insatisfeitos - recebidos calorosamente com sprays de pimenta e cacetetes.

2011 veio de um jeito diferente, com cara de algo por vir...
é fato: nem todo vento antecede uma tempestade, e logo as nuvens se abrem deixando a luz do sol invadir os solos cinzas da cidade, as folhas caem e sapatos sujos e furados passam a pisar sem sequer notá-las.

mas vamos, vamos fazer a alegria da menina. deixá-la acabar com o tédio. deixá-la dançar na chuva! que venha a tempestade, que venha algo grande... e que seja doce, que seja doce!

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