quinta-feira, 9 de abril de 2009

changes, turn and face the strange

mais uma vez. de volta à conhecida por tantos como "cidade grande". pra mim, ela é cada vez mais pequena: voltar para a avenida paulista é como estar naquelas cenas de filme em que um velho vai reencontrar sua antiga casa de campo onde passou a infância.
é tudo cada vez menor, cada vez mais distante. chego em casa: beijo no pai, beijo no cão. abraços, vizinha toca:
"- olha só quem tá de volta! fica até quando?"

entro no quarto, roupas recém-passadas em cima da cama. alguma utilidade pra esse cômodo que há tanto tempo fica vazio. o pai anuncia um bolinho reservado na geladeira pra mim. deito na cama pra ver um pouco de tv a cabo, comendo bolo no lençol chique e limpo. mimos de casa.
mãe liga:
"- já chegou??? ah, não vejo a hora de te ver!!! ah, vamos passar a páscoa na casa de fulana?"

amigos querendo se reencontrar. pra completar o cenário "de volta a infância", amiga resolve comemorar aniversario num buffet infantil. pra fazer graça. tanto tempo sem ver, tanta coisa mudou. existe ainda algum sentido pra essas amizades? tento descobrir a cada reencontro. deve ter.

a sensação de que tudo continua igual, mesmo que tudo tenha mudado. faz bem, durante o caos, ver esse apartamento como sempre vi. é como encontrar uma "essência" minha aqui. uma bel que gosta de bolo. que assiste tv a cabo. que deita numa cama decente e limpa. que não fuma. que sonha em ser psicóloga. bel família. até domingo.

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