quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Falando de mim


Não sei eleger minha banda ou comida favorita. Sequer sei escolher time. Ainda não decidi qual cerveja é a minha preferida. Minha única certeza é ser comunista. E portadora de um diploma de psicologia. Entre coisas básicas como meu nome, idade, RG, nome da mãe e nome do pai, do irmão. Comigo nada é assim, do tipo preto no branco. De resposta bate-pronto: sim ou não. Onde você mora? O que você faz? Tá tudo bem?


E de alguma forma, nesses passos tortos, a vida acontece. Larguei o caminho que estava pronto, catei umas pedrinhas e sigo fazendo o meu, sem concreto e asfalto mesmo - só em alguns trechos. É um labirinto, que de vez em quando tem que voltar quando percebe que pra onde vai não há saídas. Assombrações aparecem o tempo todo e é preciso ter coragem para enfrentá-las. Para isso, precisa reescrever o passado, novos significados, compreender de novo o que ficou pra trás. Os monstros são nossos medos, que reproduzem rapidamente na medida que damos atenção a eles. Guardo os mais divertidos: trovão e palhaço. Tento matar aqueles medos de coisas que são fora de nosso controle. E o que é possível resolver, superar, enfrentar, vou lá e faço, sempre de mãos dadas com outras pessoas. Tenho minhas companheiras e companheiros que me dão muita coragem de fazer, falar qualquer coisa. De ser quem eu quiser. São quem me dão coragem para caminhar. De vez em quando tem que fazer uns caminhos que parecem desnecessários, mas que são importantes, porque nesse labirinto da vida, o objetivo não é chegar apressado no final. O que interessa é o caminho.

E sabe, parando pra pensar um pouco, nesse começo de ano... até que olhando pra trás, meu caminho não está assim, nada mal.



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