sábado, 17 de novembro de 2012

Amor Grand Hotel.


O dia a tarde e a noite intensa, trabalho trabalho e trabalho. Cansaço bate forte no corpo que dói todo, os olhos pesam para as costas que berram pras pernas que reclamam pro pé que diz chega.

É uma exaustão que domina todos os sentidos até que, no meio de tudo você aparece e tira o desassossego para botar outro. Com todo aquele sono que toma conta, ainda há tempo para, ao fim dos dias, os olhos notarem o hotel – nosso hotel – ao passar. O grande mar azul ficou sem graça perto daquela lembrança que é possível ter ao olhar pro lado do que até então era mais um prédio grande cinza que tampa a vista, e de repente, de um dia para o outro virou o hotel – nosso hotel. Uma das poucas coisas que se pode dizer que é nossa. Que o futuro não permita que haja nós, que essa lembrança seja permitida ser nossa. Os olhos notam e o sorriso abre como um gesto involuntário.

Foi tanta correria esses dias que nem me dei conta que já fazia alguns dias que não pensava em você. Daí a lembrança veio sem bater na porta e pedir licença e desmoronou os muros, entrou sem pudor algum. Assaltou sorrisos. Volto mais feliz pra casa. É hora de dormir. Momento em que te encontrar é permitido (nos sonhos) ainda que indesejável. Fazer loucuras do tipo prometer o sol se hoje o sol sair e chuva se a chuva cair - bem no estilo Geraldo Azevedo mesmo. Porque é sonho e nesses sonhos tem carinho e coisas doces e cantigas de "se você vier pro que der e vier comigo...". 

Ainda que sem querer, eu sonho. E acordo sorrindo, até começar...
...O dia a tarde e a noite intensa, trabalho trabalho e trabalho. Cansaço bate forte no corpo que dói todo, os olhos pesam para as costas que berram pras pernas que reclamam pro pé que diz chega.

É outro dia.

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