domingo, 23 de outubro de 2011

Ah, o amor!

Amor que vem

Domingo de
manhã. Acordo lentamente... preparo um café da manhã. A música é legal, e vou dançando e cantando enquanto o pão vai virando torrada na frigideira.
Penso: estou feliz.
Penso: quando ele vier, vamos tomar cafés da manhã todos os dias.
Com direito a cara de sono e tudo.

Você tem feito eu me permitir a abrir mão do meu materialismo excessivo, pelo menos nos momentos em que ele não é tão necessário - como com as coisas do coração. Só assim pra gente driblar os limites que a vida nos impõe, e conseguir... (parei. eu ia escrever: "ter uma relação". acho que isso ainda assusta um pouquinho. recuei).

Mas é,

te amo

Amor que veio

"É difícil pra mim, a idéia de nos distanciarmos... (vou tentar ser direto)

quando eu digo que confio mais em você sobre as coisas que estão dentro de você, é no espírito de que cumplicidade mesmo. De achar que numa relação, amorosa e intensa e bonita, é foda não depender do outro ao ponto de manter uma relação assim: uma caso "extra", que vai sendo "secreto".

nem nos vemos mais com a frequencia que pede o coração. e quanto às coisas do mundo, imprevisíveis, irrompíveis ou incontrolaveis, é mesmo difícil. mas sobre uma relação, pra mim, confiar no outro à esse ponto, é supor que essa confiança seja um ato controlável, premeditável. é besta mas eu confio em você para não me sentir "traído" ou "golpeado". e estar com você é saber que olho nos teus olhos e nunca vou chegar lá, sempre há um caminho tortuoso, uma trégua clara que está sempre uma passo adiante, distante. Eu juro que sinto algo grande contigo que o tempo não há de derramar.

Sei lá, tô me sentindo no ponto mesmo de "impor" uma distância. Agora que essa distância não vai ser fácil, nem vá nos aproximar ainda mais....

lhe mando um beijo.
lhe mando uma saudação extra-terrestre, de mãos dadas."

Amor, amor

"não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo..."
caio fernando de abreu

hoje eu estou assim. a nostalgia vem como um recado: revisite histórias passadas; antigos erros, tombos, mas também alegrias vividas, que dão coragem para encarar com gosto de novidade amor-que-vem.

é tudo novo de novo. e o mundo errado, o mundo capitalista de opressores e oprimidos, de tempos restritos para alegria, liberdade, amor e amizade, de imposição de tarefas, de desejos, de qualquer forma de controle... tudo isso faz a gente querer matematicar o inematematicável.

é tudo a mesma coisa, e no entanto nada parece estar igual.
e mesmo o que parece ficar no passado, revisita a gente. isso que dá, se acostumar a jogar histórias sem fim para debaixo do tapete. uma hora a gente tropeça e espalha tudo de novo, por aí.

só quero saber como farei pra reorganizar essa bagunça toda!

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