domingo, 6 de fevereiro de 2011

curto e intenso

"foi breve promessa de felicidade..."

eu ainda choro.
eu ainda penso.
eu ainda pergunto... por quê?

evito escrever,
pra evitar chorar,
pra evitar pensar
(e talvez pra evitar responder o porquê).

assim não choro.
assim não penso.
nem paro pra pensar que foi que aconteceu.

daí eu tomo açaí, sambo, bebo e de vez em quando solto ensaio uns sorrisos por aí. no começo eram falsos, às vezes desesperados. hoje são mais sinceros. sinceros de quem espera algo bom por vir. de quem repete, como Caio Fernando de Abreu nos ensina: que seja doce, que seja doce, que seja doce...

mas eu ainda tenho saudades, tanta saudade -repito para não deixar você fugir de vez, para não deixar a ferida cicatrizar. ainda tenho um pouco de necessidade de curtir essa dorzinha.

"Eu morro de saudades do que era pra viver
E vivo da viagem de reencontrar você
Meus olhos do passado num futuro que nem sei
De tantas outras vidas
Mil pontos de partida
E todos os detalhes do que não aconteceu
Repetem o roteiro pra mostrar você e eu
O filme recomeça e nunca chega até o fim
"

*trechos de Meio Almodovar, do Lenine

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