domingo, 10 de janeiro de 2010

contigo eu faço de tudo.

"era uma vez um menino e uma menina..."
assim começavam as histórias de infância que meu pai contava, revezando em qual ponta da cama sentava. às vezes na minha, às vezes na do meu irmão.
hoje o tempo é louco. é outro tempo. um tempo que fui construíndo junto com. - por quê é tão difícil botar nome dos envolvidos nos meus textos? - enfim, tempo que fui construindo junto com. reconstruimos nossos passados. eu entrei no dele, ele entrou no meu. fizemos releituras e possíveis desdobramentos. o passado é outro, o futuro nem se fala.

demos um golpe no tempo e vivemos todos eles ao mesmo tempo, agora.
demos um golpe na razão, e construímos uma razão própria.
demos um golpe no medo, e hoje sabemos: temos sempre um ao outro.
pra dizer que não somos tão fortes assim, do amor, em compensação, levamos um golpe.
ele nos jogou no chão e a gente ainda ri do tombo - será que vai aparecer um machucado?

enquanto não sangra, a gente ri, ri e ri.
.
.
.
e eu te amo, te amo, te amo.

Um comentário:

Lari Finocchiaro disse...

não sei dizer bem onde me afetou...
pq palavras juntas, em uma ordem peculiar conseguem essa proeza? Mas ainda bem! ainda bem que nos afetamos por elas...além de outras coisas...

fiquei pensando em construir o tempo...nesses tombos de dar nó...que a gente ri...e ri...e ri...quase que chorando ao mesmo tempo...não de tristeza...
de outra coisa que ainda nao dei um nome...

 
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