é tanto o que passa na minha cabeça agora. tento agarrar um pensamento com a mão, e apertá-lo para não fugir, para conseguir escrever sobre ele, descrevê-lo e poetizá-lo. mas hoje eles estão escapulindo demais. passam correndo, deixando as sensações que evocam quando viram pensamento.
de um momento de alegria, de festa, passamos a um momento de tristeza. ninguém avisa, e então estamos tristes. é assim. estávamos felizes, e agora estamos tristes. e agora estamos. fica um vazio, no meio de tanta coisa falada, tanta coisa pensada, tanta coisa sentida.
tem coisas que o tempo não só não cura, como faz piorar. o ressentimento acumula com o tempo e vai corroendo, e vai fazendo estrago aos pouquinhos... quando você vê, já existe rancor.
e pra sair disso? e pra dizer "não, não é assim, vamos olhar de outro jeito.". não.
eu preciso muita coisa. é tanto o que tem pra fazer, pra cumprir e de repente não estou mais vivendo. estou tentando me livrar dos compromissos da vida pra viver um pouco. estou eternamente lutando contra o tempo, com coisas que supostamente eu deveria mergulhar de cabeça e aproveitar. fui eu quem escolheu isso, não foi? "agora aguenta."
e não como uma coisa ruim. mas talvez tenha que sempre lembrar, que fui eu quem escolheu, e por algum motivo insano eu escolhi. talvez falte eu lembrar quando estou sendo, não simplesmente quando eu quero ser.
e o tempo corre, e assim faço eu mesma pra pegar o metrô, e chegar a tempo pra minha semana em que já começou atrasada.
fico alguns minutos em silêncio.
estou o tempo todo tentando lembrar aonde era aquele botão de desliga, que eu sabia que tinha em algum lugar por aí. deve ter caído, e agora, com o freio quebrado, vou correndo meio que sem controle, e com uma super velocidade que eu fui inventar de causar, esperando parar em alguma coisa. e fico pensando: "isso vai dar merda..."
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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