terça-feira, 26 de maio de 2009

sobre viver no limite - tire a mão da consciência e meta a mão na consistência

eu, bel. 18 horas dormidas nas últimas 108 horas.
semana de enventos sobre saúde mental. aprendendo a viver no limite.
conhecendo novas pessoas que também dispensam o tédio da vida, preferindo a correria e as dúvidas e as fortes emoções.

pessoas que choram ouvindo histórias de vidas alheias. vidas também do limite. limite de vida deprimente, aos cantos de um antigo hospital psiquiátrico. vida de pessoas que fizeram a revolução por onde passaram, que perturbaram uma ordem e se reconhecem em cenários de transformações sociais. vida de pessoas que escrevem pela vida, e não da vida ou pra vida.

choramos porque nos reconhecemos humildemente nesses traços cansados, nessas olheiras fundas, sempre acompanhada de um sorriso no rosto seguido de uma fala: "é, eu fiz isso. hoje não sei dizer como, nem bem porquê. sei que não poderia ter feito sozinho."

heróis anônimos. quem mereceria algum tipo de poder de governar, de dirigir um grupo ou um país, dificilmente preza por esse espaço. tá sempre ocupado demais. agindo. mudando. tentando.
tenta, tenta. chora. noites em claro por algo que talvez não se sabe bem o porquê. só faz sentido fazer.

é emocionante viver no limite. limite do que? não se pode dizer que é entre razão e loucura, ou entre o possível e o impossível, ou entre aquilo que potencializa e aquilo que te agride, tamanha a força que vem. no limite. no limite e ponto final.

que rico que é quando essas pessoas se encontram! não vale o tempo que dura, vale a força com que vem. e que fique forte.

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